terça-feira, 24 de maio de 2011

Operação x Função: O que faz a empresa funcionar?

“Funções são verticais, processos são horizontais”

                A hierarquia é mais velha que a própria administração. Na bíblia há relatos de uma missão dada a Moisés onde ele deveria conseguir dez pessoas que liderassem dez pessoas para uma missão.
                Fayol foi o primeiro autor a estudar uma abordagem organizacional das empresas e começou a dar nomes aos modelos de estruturas existentes, mas sem propor grandes revoluções.
                Temos também o exemplo dos militares. A cultura organizacional militar é bem parecida em todos os cantos do mundo. Sempre há uma estrutura onde um “grande chefe” delega suas atividades para alguns poucos membros da alta direção e assim vai se multiplicando, e isso, pelo menos na teoria, funciona. Mas por quê? Mesmo o soldado raso tem recursos (armas, veículo, equipamento) para efetuar seu papel de defensor. E a grande diferença para a maioria das organizações: O soldado deve primeiro fazer seu papel, depois justificar os desvios. E onde mora a diferença?
                Enquanto a organização militar é por si só funcional e não tem “concorrentes” as empresas vivem em um ambiente de competição extrema e devem buscar a melhoria contínua nas suas operações. Não existe limite para a melhoria. Isso faz com quem projetos nasçam e morram antes mesmo de ser concebidos, como se isso fosse parte do processo organizacional. E é exatamente neste processo que o perigo da estagnação mora.
                Quando a empresa estimula ideias e gera a impressão de que serão aplicadas passa a sair da “zona de conforto” e entrar na “zona de risco”, pois estes projetos devem ser gerenciados e não podem simplesmente parar. Perder o “Momentum” é mais arriscado do que não conceber a ideia, pois passa a impressão de “andar para trás”. E onde a hierarquia entra?
                A ideia central é que projetos sejam conduzidos por pessoas que realmente sejam afetadas por eles, levando para a organização somente aquelas decisões que realmente “extrapolem a alçada dos participantes”, e sempre com alguém que tenha conhecimento em condução de projetos e equipes multidisciplinares (esse perfil profissional é extremamente importante para gerar um maior resultado alinhando conhecimento técnico específico e desenvolvimento de melhorias).
                E o papel da alta direção da empresa deve ser  dar o caminho, traçar os objetivos da companhia e disseminar essa visão para seus colaboradores, para que eles consigam construir um caminho em que os objetivos da empresa são plenamente atingidos e eles consigam desenvolver as ações que suportam esses objetivos.

“É melhor passar cinco minutos no vermelho do que o tempo todo no amarelo”

Palavras-chave: Gestão por projetos;  Descentralização; Hierarquia; Abordagem estrutural

Roni Stefanuto Rodrigues
Roni_stefanuto@yahoo.com.br
               

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